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Não creias, Lídia, que nenhum estio
Por nós perdido possa regressar
Oferecendo a flor
Que adiámos colher.
Cada dia te é dado uma só vez
E no redondo círculo da noite
Não existe piedade
Para aquele que hesita.
Mais tarde será tarde e já é tarde.
O tempo apaga tudo menos esse
Longo indelével rosto
Que o não vivido deixa.
Não creias na demora em que te medes,
Jamais se detém Kronos cujo passo
Vai sempre mais à frente
Do que o teu próprio passo
Por nós perdido possa regressar
Oferecendo a flor
Que adiámos colher.
Cada dia te é dado uma só vez
E no redondo círculo da noite
Não existe piedade
Para aquele que hesita.
Mais tarde será tarde e já é tarde.
O tempo apaga tudo menos esse
Longo indelével rosto
Que o não vivido deixa.
Não creias na demora em que te medes,
Jamais se detém Kronos cujo passo
Vai sempre mais à frente
Do que o teu próprio passo
Sophia de Mello Breyner
Minha querida
ResponderEliminarLindo este poema de Sophia de Mello Breyner, adoro a poesia dela.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
a inexorável passagem do tempo. é preciso colher a flor no viço.
ResponderEliminarum beijo a tempo, florido, vindo do princípio e indicando a infinitude do meu amor, para a m.q.
MQSENTIDAMENTE:
ResponderEliminarToda a beleza e sentir da Sophia, que enterneço,descortina-se para Além do teu Olhar ao apontares o flache da objectiva !!! Bem Hajas.
Como estás, querida amiga?
ResponderEliminarTrazes-nos Sophia, e, escolheste um poema, mesmo na linha da tua escrita...!
Lindo!
Beijinho e abraço de saudade
Teresinha