( A postagem de hoje é dedicada à minha filha)
Maria Papoila
Na tentativa de dar alguma organização ao sótão cá de casa, lugar onde ao longo dos anos se vêm despejando as coisas inúteis, ao abrir uma caixa poeirenta, surge a velha “Maria Papoila”, olhando-me inquiridora, com seus olhos e boca bordados, como que, numa interrogação muda e numa censura sobre tantos anos de clausura.
Fiquei com a boneca de trapos na mão e foi um trecho do passado que voltou. Uma menininha, os seus olhos muito abertos e sorridentes, abraçando com força e levando consigo, para o infantário, naquele dia de anos a boneca e um saquinho de pano a condizer, que tivera como presentes…
Associadas, surgiram imagens dos tempos difíceis que esses foram. Anos de desemprego, de sacrifícios, de trabalho acrescido, mas cheios de esperança em dias melhores, porque plenos de risos sonoros, de gargalhadas e protestos infantis que enchiam o ar…Tempos em que a prenda de anos foi feita em casa para não se gastar o dinheiro que escasseava!
Uma lágrima escorreu e caiu sobre a “Maria Papoila” símbolo esquecido numa esquina do tempo, agora reencontrado, trazendo consigo um pouco daquilo que já foi…!
Na tentativa de dar alguma organização ao sótão cá de casa, lugar onde ao longo dos anos se vêm despejando as coisas inúteis, ao abrir uma caixa poeirenta, surge a velha “Maria Papoila”, olhando-me inquiridora, com seus olhos e boca bordados, como que, numa interrogação muda e numa censura sobre tantos anos de clausura.
Fiquei com a boneca de trapos na mão e foi um trecho do passado que voltou. Uma menininha, os seus olhos muito abertos e sorridentes, abraçando com força e levando consigo, para o infantário, naquele dia de anos a boneca e um saquinho de pano a condizer, que tivera como presentes…
Associadas, surgiram imagens dos tempos difíceis que esses foram. Anos de desemprego, de sacrifícios, de trabalho acrescido, mas cheios de esperança em dias melhores, porque plenos de risos sonoros, de gargalhadas e protestos infantis que enchiam o ar…Tempos em que a prenda de anos foi feita em casa para não se gastar o dinheiro que escasseava!
Uma lágrima escorreu e caiu sobre a “Maria Papoila” símbolo esquecido numa esquina do tempo, agora reencontrado, trazendo consigo um pouco daquilo que já foi…!