quinta-feira, 25 de março de 2010

OUTRAS VOZES...

Fotografia / Sentidamente

MENINO-POETA

Menino-Poeta, deixa-te de sonhos alados …
Menino-Poeta, vive a realidade do Mundo …
O tempo de Menino-Poeta, é areia recalcada
Em que se miram ilusões do mar profundo !

Agora,
Temos um Mar-Poeta, todo ondas de sonho parado
E as conchas da praia deserta, vivem entre rochedos
- Menino-Poeta que anda naufragado !

Azul-Poeta risonho … roubaste as estrelas ao Menino ?
Mas elas ao verem o Menino vagueando
Cobrem-no de luz … e vão soluçando !

Rochedo-Poeta … teu negrume é noite … escuridão
Mas as estrelinhas pensam no Menino-Poeta !
E vão devagarinho,

-----------------Dizer-lhe baixinho:
........................- Dá-me a tua mão!

… E o Mar-Poeta é Menino-Poeta
… E o Azul-Poeta é Menino-Poeta
… E o Rochedo-Poeta é Menino-Poeta !...


-----------------… E o Menino-Poeta rasga a noite escura
---------------- Pega em seus versos …

---------------- Cortados e recortados, e atira-os ao vento …
------------------------------------... e seu viver perdura !!!

------------------------------Eu queria ser o Menino-Poeta,
------------------------------E comer areia da praia deserta !!!

Sandra Zelly

sábado, 20 de março de 2010

PRIMAVERA

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Fotografia/Sentidamente

A chuva, deixou-se cair
em cortina oblíqua,
mostrou transparências
nos seus intervalos,
até que cúmplice, amainou…

O vento ao partir,
tamborilou teimoso sopro,
no tenro verde das folhagens…
Quando voltou,
era beijo de brisa.

O céu, de azul sorridente,
guardou de lado
o algodão branco
da doce nuvem
e deixou brilhar o sol…

Foi então que vi a flor!

Sinal de mais uma Primavera.

segunda-feira, 15 de março de 2010

OLHARES MEUS

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Fotografia / Sentidamente

RECADOS DA VIDA

A partida pode:

Estilhaçar a alegria duma vida,
num só momento.

Sobrepondo a noite ao dia,
escurecer o azul do céu.

Calar o canto aos passarinhos,
branquear cabelos,
arrefecer sorrisos…

As lágrimas embaciam as vidraças
e são de saudade…

Enquanto se mastiga e engole!
Porque a vida continua…

domingo, 7 de março de 2010

SENTIDAMENTE nasceu há um ano… só por isso, um poema com o mesmo nome.

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Fotografia/ Sentidamente

SENTIDAMENTE

Vou e volto
num lento apodrecer de folha seca!

Sentidamente…

Abro cadeias e desato nós.
Correntes e fitas uma a uma solto.
E fico, estandarte de entrega,
a ondular ao vento!

Sentidamente…
Abro as mãos, e deixo cair
sóis, cometas e demais astros,
que carrego comigo, e que ao luar
se reflectem nos parados lagos
da minha imaginação…

Dizem, romper dos pântanos
flores de aromas tristes…
Ainda as quero olhar…
Para além de todos os medos,
teimando na procura, insisto.

E sentidamente…

No desacerto da descrença
me pergunto... se alguma fui,
ou se nalguma existo.