segunda-feira, 16 de julho de 2012

A FORÇA DUM NÃO


Fotografia / Sentidamente


Ri a gargalhada do teu desespero!
Vamos! Assume-te e ri.
Diverte-te na sátira de ti.
Ecoa no ar leve da manhã
o pesar do teu anseio.

Nada de lágrimas!
Pára o lamento!
Aspira o momento.
Esvai-te no vento.
Embriaga-te na música.
Voa nas aves sem ninho…

Segue! Há sempre caminho.
Novo? Talvez!
Apesar da intermitente
amalgama de restos velhos,
sedimentos agitados na putrefacção.

Tudo vale o esquecimento
e o grito de ainda ser,
na força dum não.

Jesus Varela