terça-feira, 29 de novembro de 2011

NAS ASAS DO SONHO


Fotografias/Sentidamente

Sonhei! Que abraçava o infinito,

Saltava de estrela em estrela,

Acendia a lua e espalhava o luar…

Depois!... Como folha solitária,

Ia no solavanco das ondas,

Intrépida, atravessando o mar

E de mim, distanciava mundos.


Era um sonho, ora alegre, ora triste!

Clamor de terra dorida e prazenteira,

No segredo guardado dentro dela,

Onde, parecendo adormecida,

Germina invisível sementeira…


Esquecimento de tudo o que é soturno

Obscuro, insensível e cruel:

Incolores vidas entre névoas errantes

Silêncios trágicos, nevoeiros constantes,

Onde se perdem sonhos e gemem guitarras.

Onde se cantam vitórias e choram desastres,

No mau e bom de todos os contrastes


Jesus Varela

sábado, 12 de novembro de 2011

INTROSPECÇÃO (VÍDEO)

Com os meus agradecimentos à Cida Vasconcelos, ao Joaquim Sustelo e ao site "Horizontes da Poesia"


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O MAIS ANTIGO REGISTO

Fotografia / Sentidamente

CHOVE

Chove!

Lá fora, nos vidros da janela,

Batem pérolas de cristal.

É Deus que chora pelo mundo inteiro.

É a voz de Deus a lamentar um mal.

São lágrimas,

Dum mundo inteiro que chora,

Na voz da chuva,

Na voz do temporal.

Eu, que assisto a tudo,

Se não recebo a chuva,

Sinto todo esse vendaval.

Também choro,

Pelo mundo inteiro.

Também lamento tanto ódio e mal.

E minhas lágrimas,

Tal como a chuva

São pequenas pérolas de cristal.

Jesus Varela

1963