(E a vida vai-se compondo de grandes e pequenos momentos, alguns só lembrados em breves apontamentos que sobraram)
INCONSISTÊNCIA
Do que disseste não sobrou palavra!
Nem o calor terno, dum fugaz abraço!
Nem laivos de esperança, avivando o olhar!
Nem fortes soluços, afogando a garganta!
Nem gume de faca, dissecando o sonhar!
Nem o eco de passos, alargando a distância!...
O que não disseste… foi tanto e tão pouco…
Coloriu olhares e ateou fogueiras.
Expontâneamente crepitaram achas!
Mas só restaram cinzas no frio da pedra.
Cinzas tão leves, tão leves… que o vento,
Num pequeno sopro espalhou pelo ar…
E de ti, nem cinzas sobraram, para recordar.
Jesus Varela
Do que disseste não sobrou palavra!
Nem o calor terno, dum fugaz abraço!
Nem laivos de esperança, avivando o olhar!
Nem fortes soluços, afogando a garganta!
Nem gume de faca, dissecando o sonhar!
Nem o eco de passos, alargando a distância!...
O que não disseste… foi tanto e tão pouco…
Coloriu olhares e ateou fogueiras.
Expontâneamente crepitaram achas!
Mas só restaram cinzas no frio da pedra.
Cinzas tão leves, tão leves… que o vento,
Num pequeno sopro espalhou pelo ar…
E de ti, nem cinzas sobraram, para recordar.
Jesus Varela
conjugas a beleza, da foto e das palavras.
ResponderEliminarhá, ainda, um ponto em comum... as cinzas.
reforças quando expressas, "o que não disseste...foi tanto e tão pouco...", como que, nada existe... ou existiu.
vejo neste teu poema (muito bem construido)... desencanto, ausência, arrisco dizer... revolta.
Que Belo Poema ...
ResponderEliminarÉ um vazio que tantos acompanha, mas que só os ELEITOS são capazes de dissecar. Bem Hajas.
Retrato!
ResponderEliminarEste é um velho, muito velho e esquecido escrito que recuperei dum caderno amarelento. Veio á luz só para demonstrar que a escrita perpectua momentos e memórias que perderam actualidade e importância.
Talvez na altura tenha significado tudo isso!
Querida anónima!
ResponderEliminarReconheço-te. A tua escrita é inconfundível! Contudo, embora me agrade que gostes não me sinto bem quando falas em "ELEITOS". Sejamos mais realistas e situemo-nos num plano bem mais inferior.
Beijinho grande
A imagem e o poema aquecem o nosso olhar.
ResponderEliminarBjs
Mª Jesus aconteceu aqui um "acidente", este PC está a ser utilizado pelo m/marido e saiu assim e não consigo alterar.
ResponderEliminarBjs da Raquel
Olá, Juja!
ResponderEliminarAs fotografias tiradas à lareira, encantam e aquecem a alma...!
Também as tuas palavras me alertam e mostram bem, estados de alma, mesmo que momentâneos, eles existem.
Abracinho meu,
para ti^_^)*_*)
Há quanto tempo não me aquecia nas palavras da amiga...e nas fotos...
ResponderEliminarDesta vez foi um conforto! bjs Juja.
Belas as palavras!
ResponderEliminarE o "borralhinho" na chaminé...uma "quentura" de alma.
É na tua lareira?
bjhs
Minha querida
ResponderEliminarLindo como sempre o teu poema, sentido...mas por vezes se não sobrarem cinzas, sofre-se menos...mas normalmente sempre há uma fagulha que fica.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
Olá Raquel!
ResponderEliminarNão se preocupe com o “acidente”. Registei de qualquer forma a opinião que me deixou e que agradeço.
Beijinho
Teresinha!
ResponderEliminarQuanto a mim, a lareira além de aquecer derrama uma certa magia à sua volta e de algum modo, a fotografia prolonga essa sensação quando a olhamos. É mais um estado de alma momentâneo, daqueles que tal como dizes existem!
Retribuo o teu abracinho com ternura
Olá Céu!
ResponderEliminarQue bom ter saído confortada da visita que me fez. Uma lareira, palavras onde também ardem achas e parece que consegui emprestar algum conforto a este meu espaço. Deixo-lhe um beijinho.
Querida Carolina!
ResponderEliminarQuem me dera que fosse a minha lareira. Ultimamente, por motivos vários, não tem ardido. Mas tens razão, o borralhinho é um consolo! Foi no Porto Covo, no ano passado que matei saudades!
Beijinho
Sonhadora!
ResponderEliminarSabes amiga! A única faúlha ficou gravada no papel. Com o tempo, certos acontecimentos perdem importância!
Um beijinho