terça-feira, 30 de outubro de 2012

GRITO: REVOLUÇÃO



Fotografia / Sentidamente

Paro no dia dos silêncios,
das indesejáveis ausências,
das negadas sensações e emoções…

Em vislumbre vindo de lonjuras:
finitude a dias perdidos,
inutilidade de ais e gemidos,
construção interrompida,
lugar naturalmente cedido…

Repouso mãos inertes mas sensíveis.
Rompe chamamento de ternuras.
Fervilha desejo de aventuras…

Aceno ao orgulho de mim.
Grito a verdade que sou,
pois ainda sou verdade,
sou pressa, sou sentido,
nas artes de viver e pensar…

Regressa som cantante da distância.
Rasgo na noite clara e luarenta
bate-me à porta em chamar vibrante…

Mesmo que o tempo de construir
já não seja o meu,
ao caminho que segue quero regressar…

Estive lá!
Sempre quero lá estar.


Jesus Varela

4 comentários:

  1. trim, trim, trim...

    posso entrar...?? hei, está alguém por aqui...??
    li Poesia linda. palavras sentidas.
    "verdade que és...", onde andas...??

    vou deixar a porta aberta. estou aqui fora...

    bj...nho

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Sérgio!
      É um raio de sol que inunda este espaço, o soar da campainha, quando anuncia o regresso dum amigo. Podes sempre entrar e sê bem vindo.
      beijinho

      Eliminar
  2. Olá M. Jesus, é um prazer voltar a ler a sua poesia. Bjs

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Raquel!
      Sempre assídua visitante. Obrigado amiga!
      Beijinho

      Eliminar