segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A TODAS AS MENINAS TRISTES QUE CONHECI E ÀS QUE NÃO CONHECENDO SEI QUE EXISTEM

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Fotografia / Sentidamente
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MENINA TRISTE
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Vai menina!
Corre atrás da borboleta…
Defende o teu sonho assim:
Escondendo-te a chorar,
Entre as flores dum jardim,
Entre as árvores dum pomar.

Vai menina!
Corre atrás da borboleta…
Usa a tua fantasia.
Com ela vais enganar,
As mágoas do dia a dia,
Que não devias penar.

Vai menina!
Corre atrás da borboleta…
No bibe branco bordado,
A história da carochinha.
Um encanto ultrapassado,
Nessa tua cabecinha.

Vai menina!
Corre atrás da borboleta…
Tua roupa em desalinho,
Pareces voar também.
Na procura de carinho,
Reinventas pai e mãe.

Vai menina!
Corre atrás da borboleta…
Teu coração apertado,
Tanta angústia já sentida!
Tudo isso será passado,
À frente tens uma vida.

Jesus Varela

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11 comentários:

  1. Lindo, Juja!

    Parabéns também pela foto.
    Adorei!!!

    Abraço

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  2. Olá

    Só uma alma nobre e pura, com a sensibilidade que eu lhe conheço, e com a dignidade que exerceu a sua profissão permite tanta nobreza, e dedicar aos que sofrem este belo poema. Perscrutou bem a alma humana. Beijos, Dalila.

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  3. Olá Teresinha!
    Gostei que tivesses gostado... E foi engraçado porque mal acabei de dar os últimos retoques na postagem surgiu o teu comentário. Estamos em sintonia!
    Beijinho

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  4. Olá Dalila!
    Reconfortante a sua presença! E com palvras sempre amáveis que não sei se mereço...
    Beijinho com saudades.

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  5. Letra: Pedro Ayres Magalhães Música: José Peixoto

    Corre a menina à beira do mar
    corre, corre, pela praia fora
    que belo dia que está não está
    e o primeiro a chegar não perde
    Andam as ondas a rebentar
    e o relógio a marcar horas
    a sombra é quente,
    e quase não há e o sol a brilhar
    já ferve
    Corre a menina à beira do mar
    corre enquanto a gaivota voa
    vem o menino para a apanhar
    e a menina sentindo foge
    Anda o barquinho a navegar
    vem do Porto para Lisboa
    foge a menina da beira mar
    foge logo quando a maré sobe
    Andam a brincar
    na praia do mar as ondas do mar
    andam a rebentar
    na praia do mar andam a brincar
    as ondas do mar andam a rebentar
    as ondas do mar andam a rebentar
    E é tão bonita a onda que vem
    como a outra que vejo ao fundo
    a espuma branca que cada tem
    é a vida de todo o mundo
    CANTA, MADREDEUS.

    E pode ser ouvido no youtube: A Praia do Mar.

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  6. "tudo isso será passado, á frente tens uma vida".

    Soberba a conjugação das palavras que, no seu todo, dão cor ao poema e ao, bem expresso, conselho. Superior convite à leitura.

    bj...nho

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  7. Esta menina triste tinha um bibe com a história da cabacinha bordada na baínha e perseguia borboletas tardes inteiras para lhes ver a cor e sentir o pulsar das asas...
    Esta menina triste vivia assombrada num mundo enorme, descobrindo que a vida estava pejada de sonhos e de esperanças. Um dia aprendeu a sorrir e a amar. Esta menina triste perdeu-se no rolar do tempo. De vez em quando assoma, invade-se nas sombras e deixa-se ir levada pelos ventos.

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  8. Carolina:
    Já fui ouvir. Lindo o poema que me deixaste! Esta menina aliada às gaivotas, ao mar, à praia, às ondas, às espumas da rebentação!... Tudo de que eu gosto... Um bonito presente.
    Beijinho

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  9. Sérgio Figueiredo tornou-se uma presença nos meus blogues, a qual respeito e admiro, pelo acompanhamento que faço aos seus, e pelo que aqui me deixa, sempre uma fonte de incentivo e força. Obrigado
    Até sempre. Um abraço

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  10. Bem mais bonita a sua menina! Quem dera que o desfecho das “minhas meninas” fosse esse!
    Tão bom que tivessem descoberto a enormidade do mundo e encontrado nas suas vidas, os caminhos dos sonhos e esperanças, nascendo-lhes dos lábios a espontaneidade do sorrir e no coração a dádiva do amor, perdendo tristezas só regressadas por breves instantes, na lembrança dos tempos. Será? Talvez assim tenha sido. Do fundo do coração o desejo.
    Obrigada pela esperança. Beijinho

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  11. Esqueci-me de o referir, mas o comentário anterior destinou-se a responder ao de Banalidades.

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