Praia
Os pinheiros gemem quando passa o vento
O sol bate no chão e as pedras ardem.
Longe caminham os deuses fantásticos do mar
Brancos de sal e brilhantes como peixes.
Pássaros selvagens de repente,
Atirados contra a luz como pedradas,
Sobem e morrem no céu verticalmente
E o seu corpo é tomado nos espaços.
As ondas marram quebrando contra a luz
A sua fronte ornada de colunas.
E uma antiquíssima nostalgia de ser mastro
Baloiça nos pinheiros
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
Sophia de Mello Breyner
Olá amiga Juja, passei para te dar um abraço, a tua escrita é (Sentidamente) tudo tem a ver contigo !!!
ResponderEliminarEscreves muito bem, o teu Blog, assim o mostra !!! O meu é mais para divertir, então quando chegas ao Alentejo e à praia, um grande beijinho para ti (*_*)
Está lindo o poema e lindas demais as fotos.
ResponderEliminarE sempre o mar inspirador, onde espraiamos o olhar e nele descansamos.
Amiga Mª de Jesus, boas férias, tudo a correr
como deseja, nesse seu magnífico Alentejo,
também ele tão inspirador, tão bonito.
um beijinho, fique bem
natália.
Que bem escolhido ! Sophia e o mar !
ResponderEliminarCaminham aqui os deuses fantásticos do mar! Sem nenhum vestígio de impureza!
Boas férias e até ao nosso encontro muito em breve!
ResponderEliminar;)
Já posso dizer que, agora sim Juja, a conheço pessoalmente, assim como à Catarina e à linda Inês!
ResponderEliminarConversámos bastante e, trocámos cadeiras,
- eu, à procura do Sol- enquanto os gelados derretiam...
(^_^)teresinha
Mãe, foi tão bom estar estes dias na tua companhia. Espero que continues a aproveitar, que o almoço de terça seja feliz (que seja como um gelado Amoroso vezes quatro), que a poesia flua, que reencontres forças e regresses com novas maravilhas para quem está do outro lado desta janela cibernética.
ResponderEliminarBeijos imensos
É um prazer visitar este blog.
ResponderEliminarParabéns e um beijinho
Voltei. Vi que esteve por cá e que se encontrou com a Teresinha! Que bom! Fiquei satisfeita com o vosso encontro e com a vossa amizade.
ResponderEliminarA Carolina diz que a Juja viveu no "Convento". Eu, quando era pequena e visitava a minha avó paterna que vivia aí perto (na Sobreirinha Verde) ia até ao Convento com a minha tia Palmira e a minha priminha, a Fernandinha. A minha tia ia aí lavar roupa e buscar água de uma fonte famosa que por lá havia... Ainda me lembro das peras enormes e duras, bem como das maçãs vermelhas que as moradoras daquele lugar nos davam sempre para trazer.
Será que a Juja vivia lá nesse tempo?
Jinhos.
Ora muito bem!
ResponderEliminarVejo que a Juja afinal é a filha da "lavradora" do Convento. Não é assim? O seu irmão, o Jacinto do Convento, viveu muito tempo numa casa junto ao jardim Municipal, que vendeu e onde agora é a Pastelaria Serra! A Paula, sua sobrinha, foi minha aluna, uma aluna brilhante! Preparei-a para a Prova Global que ela fez com pleno sucesso. É jornalista e, parece-me que trabalha na Sic! Será assim?
A si, Juja, não a conheço! Eu nasci em 1957; assim, quando a Juja deixou o convento em 1959, eu teria dois anos e a minha mãe estaria a viver no Monte Novo ou até já estaria de partida para Sines, onde eu cresci até aos 14 anos. Vinha de férias para a Sobreirinha Verde, o monte dos meus avós (O meu pai é o Samuel, irmão da Palmira que era minha tia e madrinha!). Desde sempre, ainda pequena, adorava aquele monte e as brincadeiras com a minha prima Fernanda. Era nesses tempos que a minha tia me levava ao Convento, onde ia lavar roupa e buscar água. Ia também para esses lados com o meu tio Firmino, que era jovem e adoraca caçar; levava-me a mim e à Fernandinha atrás dele pelos campos enquanto caçava e nós adorávamos!´Também íamos às "púcaras" com a minha tia que sabia sempre onde as havia e que, depois, as cozinhava como ninguém. Que saudade!
A minha tia Palmira morreu de ataque cardíaco já vai para 4 anos. Foi, para mim, uma perda enorme. Ela era muito habilidosa e fazia petiscos do outro mundo! Era divertida e muito carinhosa. Minha querida tia!
O meu tio Firmino está muito velhinho e vive há muitos anos junto à Lagoa de Melides. Tem um filho, o Daniel, que agora lhe deu um netinho. São muito felizes e o meu tio continua a caçar e, como vive junto do mar e da Lagoa, dedica-se também à pesca. Está reformado há tempo.
O meu pai nunca casou com a minha mãe, apesar de serem primos... Casou com outra mulher e vive também na Lagoa de Melides. Tenho uma irmã que já tem dois filhos, o mais novo nasceu o mês passado e tem o nome de Samuel!
Como vê, afinal não sou uma pessoa estranha.Conheci o Convento e a fonte ficou-me gravada pela frescura das suas águas e pelas muitas avencas que lá havia. Tudo tão fresco... Era um oásis no meio da secura deste pedaço de Alentejo!
Espero não a estar a aborrecer. Eu gostei de recordar a minha infância e as visitas esporádicas ao "Convento", embora, nesse tempo, a Juja e a sua mãe já lá não morassem; a sua mãe era a madrinha da minha prima Fernandinha!
Gosto muito de saber que a Juja é a Maria de Jesus do convento!
Jinhos e até sempre.
A todas as visitanttes!
ResponderEliminarAinda estou de férias, quase a regressar. Não tendo NET vou ser breve neste tempo de consulta, no Posto de Turismo.Vou aproveitar para tentar fazer uma nova postagem pois prevejo que em breve não vou ter PC porque avariou.
Um grande beijinho para todas
Não assinei o comentário anterior mas é meu, como se depreende. Vou abrir uma excepção e responder a Banalidades.
ResponderEliminarQue belo reencontro! Gostei demais das suas lembranças tão nítidas como as minhas são. Gostei também de saber da sua família. Pelo meu irmão eu sabia algumas. Um dia temos que nos encontrar para falarmos de tudo e de muito mais. Agora não vai dar porque regresso a Lisboa neste fim de semana mas quando vier ver a minha tia a Santiago, digo-lhe com antecedência para nos podermos encontrar.
Um grande beijinho.