quinta-feira, 2 de julho de 2009

JANELAS SÃO ...

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Fotografia / Sentidamente
...
Velhas janelas rasgadas no tempo,
Emolduradas por farrapos de vida.
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São olhos… São apoios da alma…
Fitam o horizonte, em espera sentida.

São brechas abertas aos sonhos errantes.
São caminhos largos…Veículos, estradas…
Tráfego intenso…Entradas, saídas…

São um mundo cheio de pequenos nadas!

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Janelas são… Histórias de vidas!

13 comentários:

  1. Janelas são as suas palavras, SENTIDAMENTE!
    A sua sensibilidade tão especial, tão profunda e tão sabedora surgem numa teia mágica de sentidos, onde a minha alma fica suspensa. Gosto muito do que escreve. Já pensou publicar?
    Atreva-se.
    Até sempre e jinhos

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  2. Fantástico este meio de publicação! Já conhecia o poema, mas lido aqui parece ainda melhor. As pausas que faço do trabalho são bem acarinhadas quando venho espreitar a esta janela, pelas tuas palavras, pelos sentidos que lhes dás.Esta forma de nos estendermos por dentro - para fora -, alongando a humanidade.

    Um abraço com abertura para a ternura,
    Filha

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  3. Mulher feiticeira
    lua tecedeira
    com dedos de bruma
    e fios prateados
    teces rendilhados
    cortinas
    que enfeitam
    janelas abertas
    nas marés desertas
    (de Carolina)

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  4. Obrigada pela sua visita e pelo doce comentário.
    Gostei muito do seu poema.
    "Há só uma janela fechada e todo o mundo lá fora;
    E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
    Que nunca é o que se vê quando se abre a janela."(Fernando Pessoa)
    Beijinho

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  5. Gostei mesmo de olhar o que esta janela encondia, uma história de vida, a vida a pulular, a mexer-se para trás, para a frente, ou sentada a ver quem passa e por quem nessa janela passou, a quem nessa janela tocou. A fotografia exemplifica, na minha perspectiva a vida, uma janela com pórticos, um fechado e outro aberto, tudo isto carregado de simbolismo, a janela que se fecha, o pessimismo, a tristeza, a morte, a falta de perspectivas, a desorientação, mas depois a janela que se abre, luz ao fundo do túnel que acorda a esperança adormecida e nos traz ao encanto dos momentos belos e simples do existir!

    Beijinhos amiga linda, gostei mesmo muito deste poema, é maravilhoso

    RITA

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  6. Olá Banalidades! Obrigada pelas suas palavras sempre elogiosas sobre o que escrevo. Aprecio muito as suas opiniões porque escreve muito bem e porque a sei muito fundamentada neste campo dada a sua área profissional. Só agora, começo a mostrar a minha escrita e a recolher opiniões. Aqui e não só. Ainda não estou preparada para pensar em publicar. Não sei se algum dia me vou convencer de que vale a pena fazê-lo.
    Beijinhos e até sempre

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  7. Filha! És a primeira pessoa a quem mostro as minhas escritas e sou sensível às tuas críticas. Fico sempre muito contente quando te encontro aqui, apesar de já conheceres o que escrevo. Podemos ler variadíssimas simbologias no tema das janelas. Os comentários aqui deixados são prova disso. E a tua última frase também faz uma bela abordagem ao tema. Este lugar é mais uma janela do nosso entendimento.
    Beijinho para a F. Q. com toda a ternura do mundo.

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  8. Lindo Carolina!!! Preciso tantas vezes dessas cortinas para colocar na minha janela pois imensas são as marés desertas. Vai tecendo tu, algumas delas, tão bonitas como esta, pois é grande o prazer de te ler. Obrigada por me deixares este poema tão bonito! Obrigada também pelo teu carinho e amizade.
    Um grande beijinho, amiga feiticeira.

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  9. Olá Isabel!
    O que mais gosto nesta janela é da riqueza dos comentários aqui deixados! Estas palavras de Fernando Pessoa, são de uma profundidade e duma verdade incríveis, como aliás, tanto de que ele escreve. A nossa individualidade confronta-se com um mundo multifacetado que imaginamos ser de forma diferente daquela que o conhecimento nos vai mostrando.
    Obrigada por ter vindo. Um beijinho

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  10. Rita! A sua reflexão está excepcional! É nisso mesmo que pensei, em quantas vidas passadas quase integralmente por detrás duma janela. Através dela, observa-se o que se passa para além do espaço circunscrito entre quatro paredes, projecta-se para fora dela, um tímido olhar ou um atrevido sonhar, recebem-se o ar, os cheiros, os sons que vêm de fora. A janela pode ser uma ponte com o mundo, um rompimento com a solidão. Mas uma janela pode ter muito que contar, sobre tantas vidas que ao longo dos tempos se sucedem, no debruçar-se do seu parapeito. Depois, a reflexão que faz sobre o aberto e fechado da janela é de facto muito pertinente. Só lhe quero ainda dizer que estávamos juntas, perto desta janela, quando a fotografei em Cascais. Lembra-se?
    Beijinho muito terno e venha sempre que eu gosto muito de ler o que me deixa.

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  11. Simplesmente belo,ficamos com vontade de as abrir de par em par e ver com os nossos olhos a tranquilidade, a beleza, tudo quanto a nossa imaginação nos possa oferecer para apazizuar os nossos sentidos.

    Janelas, onde me debruço em segredo
    Espreitando a noite que me tráz os versos
    Onde a solidão me dói e me surge o medo
    Onde rompo estrelas,deixo sonhos dispersos

    Um beijinho com muita amizade
    natalia

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  12. Seria «apaziguar» o que devia ter escrito, sempre tentando fazer bem, mas acontece, peço imensa desculpa.

    Boa semana
    Beijinho
    natalia

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  13. Uma janela aberta à reflexão leva a uma multiplicidade de caminhos, conforme o sentir de cada qual. A Natália escancara a janela, debruça-se para a noite, em segredo e colhe através da imaginação a inspiração para a sua poesia.
    Obrigada pelo belo comentário!
    Um beijinho e até sempre

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