Fotografia / Sentidamente
...
Velhas janelas rasgadas no tempo,
Emolduradas por farrapos de vida.
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São olhos… São apoios da alma…
São olhos… São apoios da alma…
Fitam o horizonte, em espera sentida.
São brechas abertas aos sonhos errantes.
São caminhos largos…Veículos, estradas…
Tráfego intenso…Entradas, saídas…
Tráfego intenso…Entradas, saídas…
São um mundo cheio de pequenos nadas!
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Janelas são… Histórias de vidas!
Janelas são as suas palavras, SENTIDAMENTE!
ResponderEliminarA sua sensibilidade tão especial, tão profunda e tão sabedora surgem numa teia mágica de sentidos, onde a minha alma fica suspensa. Gosto muito do que escreve. Já pensou publicar?
Atreva-se.
Até sempre e jinhos
Fantástico este meio de publicação! Já conhecia o poema, mas lido aqui parece ainda melhor. As pausas que faço do trabalho são bem acarinhadas quando venho espreitar a esta janela, pelas tuas palavras, pelos sentidos que lhes dás.Esta forma de nos estendermos por dentro - para fora -, alongando a humanidade.
ResponderEliminarUm abraço com abertura para a ternura,
Filha
Mulher feiticeira
ResponderEliminarlua tecedeira
com dedos de bruma
e fios prateados
teces rendilhados
cortinas
que enfeitam
janelas abertas
nas marés desertas
(de Carolina)
Obrigada pela sua visita e pelo doce comentário.
ResponderEliminarGostei muito do seu poema.
"Há só uma janela fechada e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela."(Fernando Pessoa)
Beijinho
Gostei mesmo de olhar o que esta janela encondia, uma história de vida, a vida a pulular, a mexer-se para trás, para a frente, ou sentada a ver quem passa e por quem nessa janela passou, a quem nessa janela tocou. A fotografia exemplifica, na minha perspectiva a vida, uma janela com pórticos, um fechado e outro aberto, tudo isto carregado de simbolismo, a janela que se fecha, o pessimismo, a tristeza, a morte, a falta de perspectivas, a desorientação, mas depois a janela que se abre, luz ao fundo do túnel que acorda a esperança adormecida e nos traz ao encanto dos momentos belos e simples do existir!
ResponderEliminarBeijinhos amiga linda, gostei mesmo muito deste poema, é maravilhoso
RITA
Olá Banalidades! Obrigada pelas suas palavras sempre elogiosas sobre o que escrevo. Aprecio muito as suas opiniões porque escreve muito bem e porque a sei muito fundamentada neste campo dada a sua área profissional. Só agora, começo a mostrar a minha escrita e a recolher opiniões. Aqui e não só. Ainda não estou preparada para pensar em publicar. Não sei se algum dia me vou convencer de que vale a pena fazê-lo.
ResponderEliminarBeijinhos e até sempre
Filha! És a primeira pessoa a quem mostro as minhas escritas e sou sensível às tuas críticas. Fico sempre muito contente quando te encontro aqui, apesar de já conheceres o que escrevo. Podemos ler variadíssimas simbologias no tema das janelas. Os comentários aqui deixados são prova disso. E a tua última frase também faz uma bela abordagem ao tema. Este lugar é mais uma janela do nosso entendimento.
ResponderEliminarBeijinho para a F. Q. com toda a ternura do mundo.
Lindo Carolina!!! Preciso tantas vezes dessas cortinas para colocar na minha janela pois imensas são as marés desertas. Vai tecendo tu, algumas delas, tão bonitas como esta, pois é grande o prazer de te ler. Obrigada por me deixares este poema tão bonito! Obrigada também pelo teu carinho e amizade.
ResponderEliminarUm grande beijinho, amiga feiticeira.
Olá Isabel!
ResponderEliminarO que mais gosto nesta janela é da riqueza dos comentários aqui deixados! Estas palavras de Fernando Pessoa, são de uma profundidade e duma verdade incríveis, como aliás, tanto de que ele escreve. A nossa individualidade confronta-se com um mundo multifacetado que imaginamos ser de forma diferente daquela que o conhecimento nos vai mostrando.
Obrigada por ter vindo. Um beijinho
Rita! A sua reflexão está excepcional! É nisso mesmo que pensei, em quantas vidas passadas quase integralmente por detrás duma janela. Através dela, observa-se o que se passa para além do espaço circunscrito entre quatro paredes, projecta-se para fora dela, um tímido olhar ou um atrevido sonhar, recebem-se o ar, os cheiros, os sons que vêm de fora. A janela pode ser uma ponte com o mundo, um rompimento com a solidão. Mas uma janela pode ter muito que contar, sobre tantas vidas que ao longo dos tempos se sucedem, no debruçar-se do seu parapeito. Depois, a reflexão que faz sobre o aberto e fechado da janela é de facto muito pertinente. Só lhe quero ainda dizer que estávamos juntas, perto desta janela, quando a fotografei em Cascais. Lembra-se?
ResponderEliminarBeijinho muito terno e venha sempre que eu gosto muito de ler o que me deixa.
Simplesmente belo,ficamos com vontade de as abrir de par em par e ver com os nossos olhos a tranquilidade, a beleza, tudo quanto a nossa imaginação nos possa oferecer para apazizuar os nossos sentidos.
ResponderEliminarJanelas, onde me debruço em segredo
Espreitando a noite que me tráz os versos
Onde a solidão me dói e me surge o medo
Onde rompo estrelas,deixo sonhos dispersos
Um beijinho com muita amizade
natalia
Seria «apaziguar» o que devia ter escrito, sempre tentando fazer bem, mas acontece, peço imensa desculpa.
ResponderEliminarBoa semana
Beijinho
natalia
Uma janela aberta à reflexão leva a uma multiplicidade de caminhos, conforme o sentir de cada qual. A Natália escancara a janela, debruça-se para a noite, em segredo e colhe através da imaginação a inspiração para a sua poesia.
ResponderEliminarObrigada pelo belo comentário!
Um beijinho e até sempre