Hino à Liberdade
Eu vi a ave voando!
Eu vi o rio correndo!
Eu vi o Homem passar!
Meus olhos, tristes chorando.
Minhas esperanças morrendo.
E eu presa neste lugar…
Um dia, em decidir grave,
Cortei amarras a frio.
Enquanto os cárceres dormem:
Agarro a sombra da ave,
Sigo o curso do rio,
Piso o rasto do Homem…
E bêbeda de liberdade,
Danço a dança da vida,
Entre crenças e louvores.
Com os guizos da verdade,
Sempre em crescente subida,
Dando sonoridade às cores.
Liberto os sonhos guardados,
No tédio dos dias vagos,
Afundados em masmorra.
Sem os risos abafados,
Gargalho altos aos oragos,
Para que a alegria não morra.
Pedi ajuda às estrelas,
E nas franjas da sua luz,
Pendurei velhas lembranças.
Nas madrugadas mais belas,
Cuidadamente dispus,
Uma floresta de esperanças.
Bem longe p’ras não lembrar,
Enviei lágrimas choradas
E as que não tinha chorado.
Foi uma nuvem ao passar,
Que mas levou embrulhadas,
Em algodão branqueado.
Se ouvir soar o trovão,
Se o rio passar a sangrar,
Ou se guerras for sentindo.
Parte-se-me o coração!
Mas só quero acreditar,
Que a liberdade vem vindo.
Eu vi a ave voando!
Eu vi o rio correndo!
Eu vi o Homem passar!
Meus olhos, tristes chorando.
Minhas esperanças morrendo.
E eu presa neste lugar…
Um dia, em decidir grave,
Cortei amarras a frio.
Enquanto os cárceres dormem:
Agarro a sombra da ave,
Sigo o curso do rio,
Piso o rasto do Homem…
E bêbeda de liberdade,
Danço a dança da vida,
Entre crenças e louvores.
Com os guizos da verdade,
Sempre em crescente subida,
Dando sonoridade às cores.
Liberto os sonhos guardados,
No tédio dos dias vagos,
Afundados em masmorra.
Sem os risos abafados,
Gargalho altos aos oragos,
Para que a alegria não morra.
Pedi ajuda às estrelas,
E nas franjas da sua luz,
Pendurei velhas lembranças.
Nas madrugadas mais belas,
Cuidadamente dispus,
Uma floresta de esperanças.
Bem longe p’ras não lembrar,
Enviei lágrimas choradas
E as que não tinha chorado.
Foi uma nuvem ao passar,
Que mas levou embrulhadas,
Em algodão branqueado.
Se ouvir soar o trovão,
Se o rio passar a sangrar,
Ou se guerras for sentindo.
Parte-se-me o coração!
Mas só quero acreditar,
Que a liberdade vem vindo.
Peço às estrelas que iluminem meus passos, peço ao rio que corra devagar para que saboreie a sua presença, para que a sua perseverança me inspire, pois não se cansa de trilhar o mesmo caminho vezes sem conta. Peço à vida que seja branda, que não me tire tudo de uma vez. E peço-lhe também que não se esqueça de me lembrar que a liberdade também se conquista, basta para isso acreditar...
ResponderEliminarBeijinhos amiga linda e preciosa...
Até mais...
Rita
Verdadeiro hino à liberdade que parece estar e não estar; talvez corra com o rio para partes algo incertas.. Liberdade que tanto prezamos e que nos dá asas para o sonho e para a sua mais plena concretização. Liberdade que pugna pela justiça, pela partilha, pela vida! Ela vem vindo, como nos diz... ou será que vai indo? Disso me apavoro e me desconfino.
ResponderEliminarAdorei esta sua forma sentida de homenagear a Liberdade! Até sempre!
Liberdade tem voz de vento
ResponderEliminarDeixa sonhos e vontade na gente
Mas só é livre o pensamento
E o bater que no coração se sente
Ecoarei sempre que possa
Um grito p'la LIBERDADE
Nesta terra que é tão nossa
E onde Abril é já saudade.
O seu poema sim é belo,é um belo hino á Liberdade
e eu tenho esperança que virá.
Até já lhe sinto os passos
Longínquos, ainda á distãncia!
Esperemo-la com ternos abraços
Cravos vermelhos,plenos de fragância
Um beijinho, até breve
Belo o seu hino á liberdade! Liberdade, Igualdade, Democracia, todas estas coisas foram gritadas neste dia há trinta e cinco anos.
ResponderEliminarTudo isto dizem que existe, mas a igualdade onde está? ou será que eu não a sei ver, mesmo assim eu ainda tenho esperança de ver a igualdade um dia.
Bom feriado Idalina
Que lindo este comentário! Deixou-me fascinada! Tão sentido, revelando um ser com um mundo interior intenso e rico pelo que é e pode ser, procurando viver com verdade e em liberdade.
ResponderEliminarA Rita è PRECIOSA! Como pessoa individual e como ser social. Guardo a sua amizade com muito carinho e num cantinho muito especial.
Um abraço
Será porque a liberdade não se esgota numa definição concreta e objectiva que muitas vezes nos desiludimos com aquilo que esperávamos, significasse a sua expressão? Contudo, o acreditarmos que existe, já é motivo para a sua procura, pelo menos, na prática dos nossos sentimentos e comportamentos.
ResponderEliminarUm abraço
“Mas só é livre o pensamento”. Essa liberdade de sentirmos e pensarmos é aquela que verdadeiramente podemos garantir. Quanto ao resto, depende também dos outros e só se a orquestra ficcionasse em plena afinação, a harmonia seria completa e em LIBERDADE.
ResponderEliminarUm beijinho
Já lá vão tantos anos! Mais de metade duma vida! Foi um dia inesquecível, que havia de marcar a diferença no futuro. Tanto empenho e tanta crença de que seria perfeito! Contudo, em balanço, tanto falha e a desigualdade é marcadamente injusta.
ResponderEliminarUm beijinho e até sempre.
Gostei muito do Poema, mas não gosto muito de falar desse dia foi bom para alguns, e fazia falta mas eu tive que sair da minha terra e vir para outra, já agora digo-lhe só Moçambicana,nasci em Lourenço Marques e a minha mãe também, já faleceu alguns meses com 86 anos, o meu pai faleceu muito novo em Moçambique, mas nasceu em Bragança, um beijinho.
ResponderEliminarMaria José, eu percebo que tenha muitas máguas relacionadas com este dia.Foi o chegar duma nova era, desejada e bem vindo para todos os que sofriam com a situação. Mas as mudanças foram tão radicais para alguns que abriram feridas muito profundas e deixaram lembranças muito dolorosas. Compreendo e respeito os seus sentimentos.
ResponderEliminarBeijinhos e um abraço.
Eu só tenho medo que a Liberdade se tranforme em Anarquia. Que as pessoas se esqueçam dos seus deveres e só se lembre dos seus direitos!
ResponderEliminarMas, não há nada melhor que a Liberdade, desde que ela não interfira ou prejudique a Liberdade dos outros!
;)
E tens razão, Carolina. Esse é um risco. São necessárias estruturas que garantam e ajudem a cumprir o princípio de que a liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade dos outros, embora o ideal seja que cada um interiorize este conceito e o ponha em prática de uma forma cívica.
ResponderEliminar;)
Estimada D. Maria de Jesus
ResponderEliminarIsto de liberdade, quem a tem, chama-lhe sua e talvez por isso ela seja tão efémera, porque cada um quer a liberdade só para si.
Aqui lhe deixo um pequeno poema sobre a liberdade, espero que seja do seu agrado:
"Todo o homem nasce livre
E em liberdade deve viver
Não há liberdade sem direitos
E não há direito sem dever "
Parabéns
António Silva
Sr. Silva!
ResponderEliminarEssa sua quadra é muito bonita. Eu já a conhecia mas agradeço que aqui ma tenha deixado. Eu penso que filosofica ou idealmente, é verdade que os homens nascem livres. Contudo, a minha experiência de vida diz-me que o meio aonde crescem marca as suas vidas. Claro que há excepções, sendo elas que confirmam a regra. No que respeita aos direitos e deveres, quando aliados ao conceito de liberdade, anda por aí alguma confusão! Contudo, parece-me importante relembrar essas verdades intrínsecas, sendo necessário que as pessoas as entendam, as interiorizem e não as esqueçam.
Obrigada e até sempre.