Ouvimos o troar dos canhões, quase “romanticamente”, em directo, através de coberturas televisivas. Será que imaginamos o que realmente se passa? O que é a guerra para quem a vive? Deixo aqui a referência a um desses testemunhos que há pouco li e que recomendo.
UMA LONGA CAMINHADA
Memórias de um menino soldado
De Ishmael Beah
“ Os meus amigos da escola secundária, em Nova Iorque, começaram a desconfiar que eu não lhes contara a história completa da minha vida.
_ Porque saíste da Serra Leoa?
_ Porque lá há guerra.
_ Viste alguns dos confrontos?
_ Toda a Gente no país viu.
_ Quer dizer que viste pessoas a correr com armas na mão e a dispararem umas contra as outras?
_ Sim, várias vezes.
_ Fixe.
Esbocei um pequeno sorriso.
_ Um dia destes hás-de contar-nos isso.
_ Sim, um dia destes.”
Ishmael Beah
Nasceu na Serra Leoa em 1980. Mudou-se para os Estados Unidos em 1998, e concluiu os dois últimos anos do secundário na Escola Internacional das Nações Unidas em Nova Yorque. Em 2004 formou-se Pelo Oberlin College com um bacharelato em Ciências Políticas.
É membro do Human Rights Watch Children’s Rights Division Advisory Committee e falou perante as Nações Unidas, o Council on Foreign Relations e o Center for Emerging Threats and Opportunities (CETO), no Marine Corps Warfghting Laboratory. Os seus trabalhos foram publicados pela VespertinePress e pela revista LIT. Vive em Nova Yorque.
(retirado do livro)
UMA LONGA CAMINHADA
Memórias de um menino soldado
De Ishmael Beah
“ Os meus amigos da escola secundária, em Nova Iorque, começaram a desconfiar que eu não lhes contara a história completa da minha vida.
_ Porque saíste da Serra Leoa?
_ Porque lá há guerra.
_ Viste alguns dos confrontos?
_ Toda a Gente no país viu.
_ Quer dizer que viste pessoas a correr com armas na mão e a dispararem umas contra as outras?
_ Sim, várias vezes.
_ Fixe.
Esbocei um pequeno sorriso.
_ Um dia destes hás-de contar-nos isso.
_ Sim, um dia destes.”
Ishmael Beah
Nasceu na Serra Leoa em 1980. Mudou-se para os Estados Unidos em 1998, e concluiu os dois últimos anos do secundário na Escola Internacional das Nações Unidas em Nova Yorque. Em 2004 formou-se Pelo Oberlin College com um bacharelato em Ciências Políticas.
É membro do Human Rights Watch Children’s Rights Division Advisory Committee e falou perante as Nações Unidas, o Council on Foreign Relations e o Center for Emerging Threats and Opportunities (CETO), no Marine Corps Warfghting Laboratory. Os seus trabalhos foram publicados pela VespertinePress e pela revista LIT. Vive em Nova Yorque.
(retirado do livro)
Como, tão pouco se dá valor aquilo que não se vive.
ResponderEliminarO que para uns foi sofrimento a outros parece uma brincadeira.
Uns foram usados numa guerra que não era deles, outros conhecem e desvalorizam a guerra porque só a conhecem através de sofisticados brinquedos.
Um documento muito elucidativo, esse que tu encontraste nesse livro.
bjh
Tudo bem consigo Mª de Jesus?
ResponderEliminarAo ler hoje o documento que postou, lembrei-me da minha visita a Auschwitz, á sala onde estão expostas as roupinhas de bébes e também de crianças de pouca idade, onde se me partiu o coração e até tive vergonha das lágrimas que não aguentei.
E pouco depois ao chegar enviaram-me um mail sobre crianças salvas por um inglês que também me comoveu. Para já não falar das que são obrigadas a pegar em armas e fazer a guerra como os adultos. É um Mundo atroz este em que vivemos,
mas há sempre uns que são mais poupados que outros, vá-se lá saber porquê?!
Um beijinho e um bom fim de semana com muita paz
Rosafogo
A guerra é uma injustiça dos homens!
ResponderEliminarA guerra é um monstro que nos vai devorando, que nos enxovalha e amedronta, que nos reduz e nos mata!
Quem a não viveu, nunca a pode conhecer! Perante a guerra e tudo o que ela atrozmente comporta, todos os nossos problemas quotidianos são ridículos e insignificantes.
Saibamos, pois, preservar e gozar a paz do nosso cadinho, onde, apesar de tudo, ainda há paz!
Esqueci de dizer que fiquei interessada no livro que nos recomenda. Vou ver se o encontro na nossa livraria! Obrigada pela sugestão!
ResponderEliminarEu já vivi um pouco, mas houve piores guerras, mas para quê tanta guerra.
ResponderEliminarUm beijinho.
Olá a todas as visitas a esta postagem! Trouxe o tema da guerra, envolvendo directamente crianças. Todas deixaram interessantes linhas de reflexão. A guerra só por si é uma situação terrível porque muito injusta para tantos que sofrem os seus efeitos. Mas o que dizer, quando por falta de adultos se levam as crianças a combater, drogando-as e incitando-as a praticar actos de extrema violência? Tudo isto acontece num mundo que atingiu um altíssimo grau de desenvolvimento científico, onde tanto se fala de globalidade mas onde nos confrontamos com diferenças abismais entre países. Esperemos por melhores dias para todos os países do mundo. Entretanto, vamos dimensionando os nossos próprios problemas sem pensarmos que são os piores pois há sempre melhor e pior.
ResponderEliminarObrigada e beijinhos para todas.