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Quero continuar a ver as andorinhas
Construindo os seus ninhos nos beirais.
Quero seguir o voo das libelinhas
Rasando a água em sábios rituais.
Quero inalar a fragrância do pinhal,
De pólen e resina em cruzamento.
Quero, no furor do temporal,
Ouvir receosa, o sibilar do vento.
Quero admirar as flores silvestres,
Coloridas e singelas, ao sol a brilhar.
Quero cantar a natureza e suas vestes,
Numa canção, criada só para a louvar.
Quero sentir o sal do mar, em gritaria,
Fustigando o meu rosto entumecido.
Quero a brisa fresca, cheirando a maresia,
Tomando-me num assalto desmedido.
Quero pisar a macieza da areia.
Molhada e lisa, virgem de pegadas.
Quero tecer uma longa e fina teia,
Com a espuma das ondas rebentadas.
Quero, admirar a solitária planura,
Semeada com um ou outro monte.
Quero, filha pródiga, com ternura,
Perder o meu olhar no horizonte.
Construindo os seus ninhos nos beirais.
Quero seguir o voo das libelinhas
Rasando a água em sábios rituais.
Quero inalar a fragrância do pinhal,
De pólen e resina em cruzamento.
Quero, no furor do temporal,
Ouvir receosa, o sibilar do vento.
Quero admirar as flores silvestres,
Coloridas e singelas, ao sol a brilhar.
Quero cantar a natureza e suas vestes,
Numa canção, criada só para a louvar.
Quero sentir o sal do mar, em gritaria,
Fustigando o meu rosto entumecido.
Quero a brisa fresca, cheirando a maresia,
Tomando-me num assalto desmedido.
Quero pisar a macieza da areia.
Molhada e lisa, virgem de pegadas.
Quero tecer uma longa e fina teia,
Com a espuma das ondas rebentadas.
Quero, admirar a solitária planura,
Semeada com um ou outro monte.
Quero, filha pródiga, com ternura,
Perder o meu olhar no horizonte.
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Quero saber amar os que a meu lado,
A vida se encarregou de reunir.
Quero, dando vez ao meu passado,
Recordá-lo com carinho e a sorrir.
Quero muito, para sempre sentir,
O enlevo, a emoção, a fantasia.
Quero, sem recear o que há-de vir,
Viver o passar do dia a dia.
A vida se encarregou de reunir.
Quero, dando vez ao meu passado,
Recordá-lo com carinho e a sorrir.
Quero muito, para sempre sentir,
O enlevo, a emoção, a fantasia.
Quero, sem recear o que há-de vir,
Viver o passar do dia a dia.
Como eu queria tudo isto, no meu querer!
ResponderEliminarMas á Vida já me rendo.
Ás vezes com esperança a renascer
Receando o que há-de vir,mas vou vivendo.
Adorei, está lindo, lindo, cheio de força que contagia, obrigado, fiquei de alma cheia, tenho muito caminho para andar vou concerteza também não me deixar cair.
Um beijinho grande
Natalia
Ainda bem que a Natália gostou. Às vezes ajuda pensarmos com muita força e fé no que gostamos e queremos para a nossa vida. Não quer dizer que assim seja ou venha a ser, pois tanto há fora do nosso alcance. Mas ter um pensamento positivo ajuda a sobreviver aos temporais.
ResponderEliminarBeijinhos
Cheio de força este poema, de pensar positivo e de gosto pela vida e o que ela tem para oferecer!
ResponderEliminarBem haja por todo este optimismo que nos contagia :)
Olá, Juja
ResponderEliminarQuando é que vem até Santiago do Cacém?
"QUERO", conhecê-la pessoalmente.
Já que, infelizmente não aconteceu da outra vez...
Foi uma pena.
A fotografia está linda!
O seu poema, mesmo como eu gosto.
Adorei aquele bocadinho: "Quero a brisa fresca, cheirando a maresia, tomando-me num assalto desmedido".
Lindíssimo!!!
Um beijinho para si, Juja.
Lami! Por vezes é necessário ser positivo. Esquecer o que nos amargura, olhar á nossa volta e atentar no que de maravilhoso nos rodeia, valorizando a maravilha que é convivermos com tudo isso.
ResponderEliminarUm beijinho e o meu agradecimento pelas suas palavras, que me transmitem força.
Penso que dificilmente voltarei com tempo a Santiago, antes das férias. Se lá for será para ir e vir no mesmo dia, só para visitar a minha tia. Penso ir passar os últimos 15 dias de Agosto ao Porto Covo. Se estiver por aí marcaremos um encontro. Vai ser um Verão de encontros motivados por contactos virtuais…
ResponderEliminarFico feliz por ter gostado desta minha postagem. Ela expressa optimismo e a Teresinha perfilha-o, na sua filosofia de vida.
Beijinho amigo e até sempre
É interessante como através des "virtuosismos bloguista" se criam laços de efectiva amizade entre pessoas quen não se conhecem, aliás, que se vão conhecendo aos poucos através da palavra escrita e dum sentir comum!
ResponderEliminarBonito o poema!
;)
É verdade Carolina! Eu penso que embora a nossa faixa etária tenha algum receio, das novas tecnologias, aderiu muito bem a esta coisa dos blogs. Muitas vezes é uma forma de quebrar a solidão que este correr actual nos provoca. Há pouco tempo para convívios reais e então, a NET resolve. Por outro lado, sempre houve um certo fascínio pelas amizades à distância. Esta é uma forma substituta das correspondências escritas…
ResponderEliminarBeijinho e até sempre
Passo para lhe desejar um bom domingo e agradecer-lhe a votação no texto da minha aldeia. Fiquei muito comovida, porque não esperava, e hoje ao ler o comentário, soltou-se aquela lágrima de alegria.
ResponderEliminarObrigado, e um abraço amiga
Mª de Jesus, bem haja
Natália
Olá Natália!
ResponderEliminarFoi com gosto que votei. Está muito bem cotada, o que revela o valor do seu texto.
Um beijinho e bom fim de semana
Estimada D. Maria de Jesus
ResponderEliminarGostei muito deste seu poema em que fala da Natureza, eu também sou um amante da natureza e por isso lhe dou valor.
Parabéns
António Silva
D. Maria de Jesus
ResponderEliminarVou acrescentar ao meu comentário anterior um pequeno poema sobre a Natureza de que fala o seu poema "Quero":
"Tudo aquilo que há no mundo
Os animais, o mar, as flores
Pertencem àqueles que os amam
E fazem deles os seus amores"
Parabéns
António Silva
Sr. Silva!
ResponderEliminarObrigada pelos versos que me deixou. Gosto sempre muito desta troca que aqui se estabelece frequentemente. São as diferentes opiniões, muitas vezes expressas em poesia. De facto mais do que nunca é importante amar a natureza e é necessário preservá-la, senti-la nossa, não só porque é bela mas também porque é a nossa fonte de subsistência.
Obrigada e até sempre.