Rolam folhas de Outono nos relvados,
nostálgicas, perdidas, agonizantes…
São meus sonhos espezinhados,
em farrapos, perdidos viajantes.
Cai-me nostalgia dos olhos,
passeantes em velhos campos desbotados.
Entre marés de mel e abrolhos
chegam-me ainda sons lembrados…
Longínquo estrondo de cascata,
hoje perdido sonar em espaços ocos,
outras Primaveras e outra data,
doce esbracejar dos dias loucos.
Pauso lutas nas trevas esquecida.
Soam ao longe Ave-Marias,
anúncio vago duma outra vida
afundada num tempo já sem dias...
Não será longa a estrada aberta!
No caudal de tempo tropeçando,
agrura dum coração que aperta,
degrau a degrau, a noite vai chegando.
Jesus Varela
Minha querida
ResponderEliminarComo o teu poema fez eco na minha alma de tanto que falou de mim.
Beijinho com carinho
Sonhadora
Querida Sentidamente:
ResponderEliminarApesar das realidades escondidas nas Outonalidades e que têm sempre a marca do nosso sentir... o Outono tem uma luminosidade que faz com que as folhas mesmo esfarrapadas se transformem em belos rendilhados que acompanharam outras estações das nossas vidas !
A noite chegará sempre que quizer-mos e perder-mos o pé no último degrau... há trilhos tão dolorosos !!!
Um terno abraço.