NEVOEIROS
Não vejo o mar,
ouço-o murmurar…
Não vejo as ondas,
adivinho-lhes movimento…
Propaga-se rasto gritante
de gaivota perdida,
morno sopro,
em brisa transmutado…
Por magia, finito e infinito
acontecem aqui e agora;
Ser longe ou perto
deixa de ter sentido;
Certo e errado
perdem-se na medida…
Há um além de abismo
escondido atrás de tudo…
O tempo é suspenso
na hora indefinida.
Caem arrastadas no fumo
derradeiras dúvidas …
Persistentes imagens guardadas
são certezas adquiridas
e servem de amparo…
Passos dados no vácuo
ancoram na verdade adivinhada…
Há sempre um cais, surgindo do nada.
Jesus Varela
Não vejo o mar,
ouço-o murmurar…
Não vejo as ondas,
adivinho-lhes movimento…
Propaga-se rasto gritante
de gaivota perdida,
morno sopro,
em brisa transmutado…
Por magia, finito e infinito
acontecem aqui e agora;
Ser longe ou perto
deixa de ter sentido;
Certo e errado
perdem-se na medida…
Há um além de abismo
escondido atrás de tudo…
O tempo é suspenso
na hora indefinida.
Caem arrastadas no fumo
derradeiras dúvidas …
Persistentes imagens guardadas
são certezas adquiridas
e servem de amparo…
Passos dados no vácuo
ancoram na verdade adivinhada…
Há sempre um cais, surgindo do nada.
Jesus Varela
Passei para ler, há muito que não vinha, nem sempre o tempo sobra, mas li com muito gosto, este belo poema, delicado, envolto também ele em nevoeiro, tristonho, inquieto, mas também esperançoso.
ResponderEliminarAssim li!
Beijinho, fique bem minha amiga.
Minha querida
ResponderEliminarLindo este poema, não conhecia este poeta, mas adorei.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora