Fotografias / Sentidamente
O presente é um “presente”
de incalculável valor…
O que já foi, porque ausente,
é de importância menor.
Privilégio é o estar vivo!
Cheirar, ver e ouvir,
ao sorriso dar motivo,
alegria e dor sentir.
Ver nascer um novo dia
e assistir ao sol se pôr,
Contente ou em agonia!
E quando escuro já for,
pisando as pedras da rua,
caminhar nos becos escuros,
entre a luz prateada da lua,
e a sombra de altos muros.
Partilhar com outros seres,
vivos ou inanimados,
um sem número de viveres:
Os que sem vida, parados,
Pedras, rochas, minerais,
esses seres inanimados,
À mercê de nós, mortais.
Em fainas de sobrevivência,
os animais deste mundo,
vão entrando em sequência,
nesse círculo tão profundo…
E num equilíbrio sem par,
garantem continuidade
em cadeia alimentar.
As plantas, numa luta sem idade,
com a brisa a ondear,
ou a sacudir com o vento,
tenazes, no seu lutar
contra as agruras do tempo.
Na primavera, os segredos,
que são promessas de vida,
dão forma a tenros folhedos,
e em floração colorida,
afastam da terra os lutos
dum Inverno e suas dores.
Mais tarde chegam os frutos,
impondo-se pelos sabores.
As sementes legarão
garantias e favores,
de cíclica renovação!
Em humana convivência:
Ser a criança inocente.
Ir perdendo a inocência,
ser jovem adolescente,
ter a mocidade enfim!
Chegar à idade adulta.
Depois, encontrar um fim…
Neste destino resulta,
um tempo presente haver,
que tudo o que é mau, indulta,
nessa dádiva que é viver.
de incalculável valor…
O que já foi, porque ausente,
é de importância menor.
Privilégio é o estar vivo!
Cheirar, ver e ouvir,
ao sorriso dar motivo,
alegria e dor sentir.
Ver nascer um novo dia
e assistir ao sol se pôr,
Contente ou em agonia!
E quando escuro já for,
pisando as pedras da rua,
caminhar nos becos escuros,
entre a luz prateada da lua,
e a sombra de altos muros.
Partilhar com outros seres,
vivos ou inanimados,
um sem número de viveres:
Os que sem vida, parados,
Pedras, rochas, minerais,
esses seres inanimados,
À mercê de nós, mortais.
Em fainas de sobrevivência,
os animais deste mundo,
vão entrando em sequência,
nesse círculo tão profundo…
E num equilíbrio sem par,
garantem continuidade
em cadeia alimentar.
As plantas, numa luta sem idade,
com a brisa a ondear,
ou a sacudir com o vento,
tenazes, no seu lutar
contra as agruras do tempo.
Na primavera, os segredos,
que são promessas de vida,
dão forma a tenros folhedos,
e em floração colorida,
afastam da terra os lutos
dum Inverno e suas dores.
Mais tarde chegam os frutos,
impondo-se pelos sabores.
As sementes legarão
garantias e favores,
de cíclica renovação!
Em humana convivência:
Ser a criança inocente.
Ir perdendo a inocência,
ser jovem adolescente,
ter a mocidade enfim!
Chegar à idade adulta.
Depois, encontrar um fim…
Neste destino resulta,
um tempo presente haver,
que tudo o que é mau, indulta,
nessa dádiva que é viver.
great photos
ResponderEliminarHail from the north mountains of Aragon -spain
http://www.rock-brarbe.blogspot.com/
Para quem não sabe, este poema foi publicado numa antologia de poesia, promovida pela Câmara Municipal de Loures, cujo lançamento ocorreu no sábado passado. Vou-vos dizer porque vocês não estiveram lá: a parte mais emocionante foi quando a mãe declamou! Nem imaginam o maravilhoso que é ouvir os seus poemas na sua voz. Eu não imaginava e descobri que os ouvidos também têm sede, porque é o que eu sinto agora. Quero mais.
ResponderEliminarAs fotos são muito giras mãe! Daquelas de fazer sorrir. De facto, que "presente" poder assistir à vida!
Muitos beijinhos, doces como manga
Olha, olha! Já começaste a declamar em público!
ResponderEliminarEna! Parabéns.
Gostei de tudo mas... não leves a mal se eu cantar:
Os patinhps nadam
dentro do laguinho
qua qua qua qua qua
Ficam molhadinhos
Então a mãe pata
chama os seus filhinhos
Tchim tchim tchim Atchim
já contipadinhos!
;)
Como eu gostaria de ter estado presente...!!!
ResponderEliminarPelas palavras da filhota presumo que foi um momento, aliás, "o momento alto" dessa antologia de poesia, promovida pela Câmara Municipal de Loures.
Estás concerteza muito feliz, parabéns Juja!
As fotografias estão lindíssimas e o teu poema, como já me habituaste é sempre um melhor que o outro!
Onde é que vais parar?!...
NÃO PARES, POR FAVOR!!!
Grande abraço da Teresinha^_^)
Hi rockbrarbe!
ResponderEliminarIts very nice to have “strangers” around here. Thanks for your visit
and comment. I’m glad you enjoyed the photos, hope they inspire you
some way. Best whishes for the radio show and blog.
Quem me manda a mim, publicar este poema logo a seguir ao acontecimento que referes! Não me passou pela cabeça que aqui virias falar dele. Mas está bem! Com algum exagero, ficou noticiado! Obrigado pelas referências elogiosas à minha leitura. Para mim foi especialmente gratificante estares lá.
ResponderEliminarAs fotos, são de facto documentos do dia a dia. Vou vivendo, passando, reparando e captando aquilo que me parece valer a pena com a máquina fotográfica tal como com as palavras escritas.
Só mais o seguinte: não se trata de mangas mas dum fruto muito mais comum, aqui do quintal e que comeste. Ora adivinha!
Beijinho grande, com toda a ternura maternal do mundo!
Olá Carolina!
ResponderEliminarEu não declamo! Gosto de ler poesia e sempre que se proporciona faço-o. Frequento mensalmente uns eventos sobre esse tema e vou treinando, poesia minha e não só.
Quanto aos patinhos que me deixaste não me aborreceram. Encantaram-me! Primeiro, porque te vislumbrei, Sra. Professora, a cantá-la com as tuas crianças. Depois, lembrei-me duma maldade que eu e o meu irmão fazíamos no Convento. Havia lá um tanque com um rebordo inclinado que após a rega ficava fora de água. quando havia patinhos, a nossa malvada entretenga, era observar os pobrezitos a tentar sair da água e a escorregar nesse rebordo coberto de limos, enquanto cá fora, a pata mãe ralhava incitando-os a sair. Maldades de infância que hoje sabe bem recordar.
Beijinho
Obrigado Teresinha, pelo que dizes das fotos e do poema. Quanto ao lançamento, não foi como pensas. Nada de momento alto. A Catarina gostou e entende-se, ela viveu o momento com intensidade por ter a ver comigo. Houve outras pessoas que leram muito bem os seus poemas. A maioria não quis ou não pôde lê-los. Nessas situações, ouviu-se uma gravação com um poema de cada pessoa. Foi uma festa muito bonita, bem concebida e conseguida!
ResponderEliminarUm beijinho para ti.
Este comentário é para a Ana caso ela aqui venha!
ResponderEliminarHá tempo, publicaste uma família de patinhos muito parecida com esta a passear junto à Casa Branca. Na altura falei-te desta foto. Achei graça pela parecença. Até o número de patinhos penso que era o mesmo. Mas garanto que esta família, quando muito, será prima da americana. Esta vive (ou vivia) num lago que existe no Parque Eduardo VII, junto a uma esplanada. Tirei outras fotos, fora e dentro do lago mas esta é da que mais gosto. Fico a pensar porque seis vão dum lado e só um vai do outro. Terá algum significado!
Um grande beijinho para ti.
Ah, eu sei que são pêssegos, eu percebi o erro logo depois de ter publicado o comentário!
ResponderEliminarPara todos os outros que me dão credibilidade - eu sei que dão- não exagerei nada, foi maravilhoso ouvir-te. Devo acrescentar que toda a cerimónia me emocionou, é verdade, especialmente pela força das convicções de algumas pessoas muito idosas (+ de 90 anos!), e pela qualidade dos seus escritos (que nada tem a ver com a idade, naturalmente). Fiquei muito contente com a iniciativa.
A fotografia dos patinhos é muito gira, mas a do pavão a catar o galo é fantástica! Talvez porque me contaste o episódio, eu gosto particularmente dessa.
Um beijinho delicioso como pêssegos caseiros ;)
Embora não estivesse de corpo presente, esteve
ResponderEliminarno meu pensamento esse evento e agora sei que foi uma festa muito bonita, que correu lindamente, pena tenho de não a ter ouvido, mas outras oportunidades surgirão.
O poema é lindo e também as fotos, hoje vou vê-las com mais cuidado, pois já cá vim mas foi muito rápido.
Tudo de bom para a amiga e até breve, penso eu.
beijinho para Mªa Jesus, e também o agradecimento pela bela poesia que me deixou.
natalia