A luz bate na água
E o seu reflexo prateado
Incide nos olhos cansados.
As ondas irrompem no quotidiano
Quebrando-se na Ilha,
Afloramento e refúgio,
Parada no Oceano!
Os medos de hoje,
Afogam-se nas marés raivosas
E esfumam-se,
Ensopando areias sequiosas…
O mar esteve sempre lá…
Suportou homens com bizarras vestes,
Apodreceu cascos de velhos barcos,
No desdobrar de tempos inauditos…
Na praia, uma bola rola na areia.
Corre uma criança a apanhá-la…
O sempre, lembrando o amanhã,
Linha contínua mas quebrada
Nas intermitências do agora.