e a inocência na criança.
Vislumbrei mundo melhor.
Projectei-me na esperança.
Não aceitava nem sabia,
só ver aquilo que olhava.
O futuro mais escondia,
o tempo tudo moldava,
e nada assim acontecia…
Límpido verde não era
espelho de meu mirar.
Foi passando a Primavera
e o verde sem querer secar.
A criança hoje crescida,
sua inocência afundou,
na experiência da vida
que ao seu redor encontrou.
O mundo não melhorou.
Nunca há-de melhorar!
crença foi e não voltou.
Não a sei reencontrar.
No rio não navego mais.
Não há destino seguro.
Já não espero no cais
a chegada dum futuro.
Ébria, ausente de vinho,
porque a vida me atordoa,
já não palmilho caminho,
vou dando passos à toa.
Jesus Varela
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