Fotografias / Sentidamente
Envolta no poente, a noite se adensou.
Cresce a escuridão, ausência avolumada,
deixando tão somente, um tempo que restou,
finas franjas, de renda inacabada…
Ténue luz brilha, de recônditos lugares.
Espera receosa, mas bem vinda,
à sombra de todos os vagares!...
Amalgama de esperanças, resta ainda!
Ansioso é o tactear na escuridão.
Conhecida insegurança, de todas as lonjuras!
Fortes tenazes, apertando o coração.
Singularidades, vizinhas de loucuras!
E os velhos caminhos relembrados,
nas longínquas galáxias já esquecidas,
enfados de quem ouve, idas e vindas,
aos secos reinos, dos afectos já levados!
Álgebra conhecida mas nunca invocada,
de simultânea soma em diminuição…
O gigante encontro, num pequeno nada!
O acrescentar um sim onde cabia um não!
(Quando o OUTONO se fez INVERNO)
VELHICE
Envolta no poente, a noite se adensou.
Cresce a escuridão, ausência avolumada,
deixando tão somente, um tempo que restou,
finas franjas, de renda inacabada…
Ténue luz brilha, de recônditos lugares.
Espera receosa, mas bem vinda,
à sombra de todos os vagares!...
Amalgama de esperanças, resta ainda!
Ansioso é o tactear na escuridão.
Conhecida insegurança, de todas as lonjuras!
Fortes tenazes, apertando o coração.
Singularidades, vizinhas de loucuras!
E os velhos caminhos relembrados,
nas longínquas galáxias já esquecidas,
enfados de quem ouve, idas e vindas,
aos secos reinos, dos afectos já levados!
Álgebra conhecida mas nunca invocada,
de simultânea soma em diminuição…
O gigante encontro, num pequeno nada!
O acrescentar um sim onde cabia um não!
Minha querida
ResponderEliminarMuito belo o seu poema, de nostalgia, talvez, mas com muita beleza.
Envolta no poente, a noite se adensou.
Cresce a escuridão, ausência avolumada,
deixando tão somente, um tempo que restou,
finas franjas, de renda inacabada…
Adorei
beijinhos
Sonhadora
É belo e pesado...
ResponderEliminarEstas linhas acho-as muito bem arquitectadas:
Álgebra conhecida mas nunca invocada,
de simultânea soma em diminuição…
O gigante encontro, num pequeno nada!
O acrescentar um sim onde cabia um não!
Amo-te em todas as estações (atmosféricas, da vida, de comboios, etc).
f.q.
Olá minha linda Juja!
ResponderEliminarEstou de volta ao teu cantinho que me encanta!
Nostálgico ou não, o teu poema aqui está, de pé, para me relembrar que depois do Outono vem o rigoroso Inverno...
Mesmo que as palavras possam soar a uma certa impotência, ao inevitável, adorei a forma como construiste este poema!
É lindo, como tudo o que conheço escrito por ti!
Um abraço apertado
Teresinha*_*)
É sempre um prazer viajar até "Sentidamente"...
ResponderEliminare paragem obrigatória para reabastecimento.Aqui bebem-se palavras.Mata-se a sede.Obrigada e um beijinho.
[Sentidamente] leio as tuas palavras e, mesmo revelando a sombra nostalgica, não posso negar o prazer que todas elas, na sua conjugação, deixam no espaço poetico a mestria do fazer sentir "melodiosamente", "sensível", o "algo" que desapareceu mas sempre com vinda esperada.
ResponderEliminarA imagem dos teus olhos, soberbamente, retratadas e a condizer com a beleza das fotos que, também elas, dão força à interpretação das palavras.
até
Tão lindo... tão sentido... tão verdade... tão tocante! Amei!
ResponderEliminarNão há dúvida, a Juja usa as palavras com a arte de um verdadeiro poeta! Parabéns! Jinho.
Amiga Juja, passei pois gosto muito de ler tudo o que escreves sentidamente !!!
ResponderEliminarUm grande beijinho, e mais uma vez te digo que escreves muito bem as tuas palavras, são muito sentidas ao ler os teus Poemas !
Tenho saudades de te dar um grande abraço :)
Obrigada a todos os visitantes!
ResponderEliminarPartilhei convosco esta minha reflexão que embora triste, é real e pertinente, pois tem a ver com aquela situação extrema, quando o ser humano se debate entre o real e o imaginado, entre um mundo ainda seu, mas onde se sente perdido. Onde a âncora segura são as recordações do passado que só para si têm sentido, avolumando a solidão, a saudade do que já foi e a angústia por um presente vazio, indesejado mas inevitável.
Uma vivência que nem todos experimentam. Há muitos que obstinadamente lutam para dar qualidade aos dias e anos que ainda lhes restam e conseguem idades muito avançadas com as capacidades válidas, e adaptados aos novos tempos.
tempo bem gasto esse de ler o seu poema :) parabens
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